Ninguém

À algum tempo atrás alguém (que vou fingir que não me lembro quem foi) perguntou-me quem é que eu amava. Eu, de uma forma violenta respondi NINGUÉM. Eu, filho, pai, sobrinho, primo, amigo, etc dizia, e se calhar pensava, que não amava ninguém. Pensei nisso, fizeram-me pensar nisso e na altura concluí que eu não amava ninguém porque não queria perder mais ninguém. A dor de perder alguém, mais alguém, naquele momento era impensável para mim. Mesmo sabendo que por vezes é necessário perder para poder ganhar, para crescer. Tipo o meu blog, vou perdendo alojamento e o blog vai crescendo, apesar de eu continuar a tentar recuperar os posts antigos vou-me focando nos novos...

Na altura, voltando ao início desta história, eu não podia equacionar em perder mais alguém. Então, negar o óbvio era mais fácil. Trazia menos dor. Seria só ganhar. Hoje se me perguntassem, mesmo consciente de que novas perdas surgirão, a resposta seria outra. É óbvio que amo muita gente... Se calhar tem uma que devo de aprender a amar ainda mais, cuidar melhor dela como me disseram esta semana. Essa, mesmo sem ser por obrigação tenho de me obrigar a fazê-lo. Só assim não darei tanta importância ao que não é importante. Só assim é que o que me é escondido, quando descubro, mesmo que seja por métodos errados, mesmo que seja importante, mesmo que magoe por demonstrar falta de confiança eu não darei valor. Porque eu sou mais valioso e também sei dizer não. Não quero, não permito e não amo. Porque não amo toda gente mas tem muitas pessoas que eu amo.


#éaminhasomadetodososmedos

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