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Não ponham pensos nas feridas, que não ajuda a sarar. Não digam que assim o sangue deixa de jorrar. Não costurem ou agrafem o peito aberto… se quiserem ajudar cheguem-se perto.Não digam que amanhã ainda pode acontecer, nem pensem que isso é melhor de se crer. Não julguem os atos do que aconteceu, o peito que dói é meu não é teu.
Não sejam molduras na parede da frente, não quero a história de vida decente. Não sejam docentes do que não entendo, se não estão cientes do que não compreendo.
Não sejam estranhos, não arranjem motivos. Não saram os lanhos, sendo compreensivos.
Sejam a vida, procuro a alegria. Quero ser o sonho da vossa fantasia. Sejam o riso, sejam a sorte, sejam aqueles que lutam até à morte.
Sejam pioneiros, sem ser os primeiros,
sejam os segundos ou até os terceiros. Sejam aqueles por quem vale lutar, sejam as ondas do imenso mar. Sejam a vida, sejam a cor, sejam aquele doce odor. Eu sou a calma sejam a paz, sejam o chefe, serei o capataz.
De peito aberto fico a pensar. Hoje acabo. Amanhã vou continuar…

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